Um homem foi assassinado a tiros, na tarde desta quarta-feira (07), na Estrada dos Bandeirantes, em Vargem Pequena, na localidade conhecida como Fontela.
Pedro Lucas Soares, de 20 anos, teria sido acusado de estuprar uma adolescente na região. O pai da menor então teria armado uma emboscada e o assassinado.
Policiais militares do batalhão do Recreio (31º BPM) foram ao local, mas quando chegaram, Pedro Soares já havia morrido. O suspeito conseguiu fugir. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) assumiu as investigações e realiza buscas para apurar a motivação e autoria do crime.
Jovem é morto a tiros na Zona Oeste após ser acusado de estupro, mas família nega
Atualização 10/08/2024
Um crime em plena luz do dia chocou os moradores de Vargem Pequena, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, na última quarta-feira. Pedro Lucas Oliveira Ramos, de 20 anos, foi assassinado a tiros na esquina da rua onde morava, a Estrada dos Bandeirantes. A tragédia ocorreu após uma acusação feita por uma menor de idade, de 14 anos, que afirmou para a família que Pedro havia abusado dela. A família do rapaz nega que ele tenha cometido o crime.
De acordo com Monica Oliveira Ramos, mãe de Pedro, o jovem, que trabalhava entregando quentinhas na região, estava andando na rua de sua casa quando foi abordado e morto a tiros pelo pai da adolescente que fez a acusação de estupro. Câmeras de segurança da região capturaram o momento em que o jovem foi alvejado. Ele chegou a correr ao perceber a arma, mas foi atingido por três vezes. Ele caiu a poucos metros de casa e morreu no local.
“O corpo foi encontrado na Estrada dos Bandeirantes. Equipes do 31º BPM (Recreio) isolaram a área e a Delegacia de Homicídios da Capital foi acionada”, disse a Polícia Militar, acionada para a ocorrência.
Em um depoimento emocionado, Monica relatou os eventos que antecederam a tragédia. Segundo ela, a mãe da jovem de 14 anos esteve em sua casa pouco antes do ocorrido para relatar o que a filha havia dito: que Pedro teria abusado dela no dia 10 de julho. O jovem, no entanto, negou veementemente a acusação. Eles eram vizinhos e moravam na mesma rua.
— O irmão mais velho dela, que aparece no vídeo das câmeras de segurança, disse que resolveria a situação do jeito deles. A família dela saiu gritando e discutindo da minha casa. Minutos depois, meu filho saiu para trabalhar e foi atingido pelos tiros — contou Monica, que recebeu a notícia de que o filho tinha sido baleado de um vizinho: — Quando meu vizinho falou comigo, meu mundo acabou, caiu. Alguém veio correndo me avisar que ele ainda estava respirando. Fui até lá, tentei falar com ele. Mas depois viram que ele já estava sem pulso. Ele levou três tiros, que bateram no pulmão e no coração.
Após o crime, a comunidade de Vargem Pequena se revoltou. Segundo Monica, a família inteira da menina que acusou Pedro fugiu do bairro. Moradores invadiram a casa da família, que era alugada, e quebraram móveis e outros objetos. A mãe diz que a morte do filho foi uma injustiça e que Pedro, que foi enterrado na sexta-feira, era um jovem querido por todos.
— Eu nem dormi essa noite. A gente precisava achar esse homem. Meu filho era inocente. Morreu por uma fofoca, uma conversa mal dita e isso me revolta. Ele era amigo de todo mundo. Eu estou sem chão. Pedro era meu único filho — lamenta Monica, que afirma que não viu conversas do filho com a menina no celular dele: — Ele era tão meu amigo que eu tenho até a senha do telefone dele. Quando ele disse que não fez nada contra ela, eu acreditei. Quando ele faz algo, ele me conta.
A Delegacia de Homicídios da Capital está investigando o caso, mas a Polícia Civil ainda não se pronunciou oficialmente sobre o ocorrido. Mônica, no entanto, não pretende descansar até que o assassino de seu filho seja preso.
— Eu vou à delegacia todos os dias da minha vida até conseguirem prender esse homem. Ele emboscou meu filho, que foi falar com ele inocentemente. Ele atirou para matar mesmo.