Autoridades de Santa Catarina e órgãos de segurança aérea do Brasil estão investigando as causas da tragédia ocorrida no sábado (21), quando um balão com 21 pessoas a bordo pegou fogo e caiu em Praia Grande (SC). O acidente causou a morte de oito pessoas, sendo quatro delas carbonizadas e outras quatro vítimas que se jogaram do balão em chamas a cerca de 45 metros de altura.
O balão, operado pela empresa Sobrevoar, decolou por volta das 7h da manhã do bairro Cachoeira, segundo informações dos socorristas. Às 8h18, os bombeiros foram acionados para atender a ocorrência. O cesto do balão foi localizado em chamas, em um barranco na lateral da PRG-411, próximo à Igreja Nossa Senhora de Fátima.
Vítimas fatais
Entre os mortos estão:
1- Leandro Luzzi, 33 anos
2- Leane Elizabeth Herrmann, 70 anos
3- Leise Herrmann Parizotto
4- Janaina Moreira Soares da Rocha, 46 anos
5- Everaldo da Rocha, 53 anos
6- Fabio Luiz Izycki
7- Juliane Jacinta Sawicki, 36 anos
8- Andrei Gabriel de Melo
Os 13 sobreviventes, incluindo o piloto, conseguiram pular do balão antes da tragédia maior. Cinco deles sofreram ferimentos, foram atendidos no Hospital Nossa Senhora de Fátima e já tiveram alta.
Segundo a Polícia Civil, que ouviu o piloto e outras testemunhas, o incêndio começou minutos após a decolagem, supostamente causado por um maçarico de apoio dentro do cesto — usado para iniciar a chama principal dos balões.
Ainda conforme depoimentos, o extintor que estava a bordo não funcionou, impossibilitando o controle das chamas. Quando a estrutura se aproximou do solo, 13 pessoas pularam, deixando o balão mais leve. Com isso, ele subiu novamente, ainda em chamas. Quatro vítimas, desesperadas, pularam de uma altura estimada em 45 metros. As outras quatro permaneceram a bordo e morreram carbonizadas quando o cesto despencou em chamas.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a Polícia Científica acompanham o caso.
Em nota, a empresa Sobrevoar afirmou que suspendeu imediatamente todas as suas atividades e se solidarizou com os familiares das vítimas. Afirmou ainda que cumpria todas as normas da Anac e que o piloto, com “ampla experiência”, tentou salvar todos os passageiros.
“Infelizmente, mesmo com todas as precauções necessárias e com o esforço de nosso piloto, sofremos com a dor causada por essa tragédia”, diz a nota da empresa.
O delegado-geral da Polícia Civil de SC, Ulisses Gabriel, explicou que a hipótese de falha técnica no maçarico está sendo considerada, mas apenas a perícia poderá confirmar a causa exata. Ele também destacou que, apesar do tempo estar ensolarado, havia previsão de instabilidade, o que será apurado.
O advogado do piloto, Clóvis Rogério, afirmou neste domingo (22) que só os laudos técnicos poderão determinar o que de fato causou o incêndio.
Que tragédia