Na noite de quarta-feira (7), por volta das 20h, na comunidade da Carobinha, em Campo Grande, Zona Oeste do Rio de Janeiro, foi palco de um episódio violento. Um miliciano conhecido como “Gaspar” foi assassinado por membros de seu próprio grupo. As primeiras informações indicam que Gaspar estaria passando informações privilegiadas para traficantes da região, o que teria motivado sua execução.
Gaspar, figura conhecido em Carobinha, atuou diretamente nas operações do grupo que controla a área. A comunidade, assim como outras localidades de Campo Grande, vive sob uma disputa constante entre milicianos e traficantes por domínio territorial. Essa rivalidade tem gerado episódios de violência que amedrontam os moradores.
De acordo com fontes locais, a decisão de eliminar Gaspar foi tomada após desconfianças internas no grupo. Ele teria sido acusado de traição ao colaborar com traficantes, fornecendo informações que poderiam comprometer as operações da milícia. Traições como essas são punidas com execuções sumárias, prática comum entre esses grupos criminosos.
Gaspar foi atraído para uma emboscada na própria comunidade e executada em plena via pública.
Os Moradores da Carobinha vivem sob o constante temor de represálias, tanto por parte dos milicianos quanto dos traficantes, que disputam o controle da região.
“É sempre a gente que sofre. Hoje foi um deles, amanhã pode ser um inocente no meio do fogo cruzado”, desabafou um morador que preferiu não se identificar.
A morte de Gaspar ressalta a complexidade do cenário criminal no Rio de Janeiro, especialmente na Zona Oeste, onde milícias e facções de tráfico disputam territórios, deixando as comunidades à mercê da violência. Apesar das operações esporádicas realizadas pelas forças de segurança, muitas dessas áreas carecem de uma presença efetiva do Estado.
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