Disputa na região conhecida como comunidade do Guandu seria entre quadrilhas de Nanan e Zinho
Uma disputa entre quadrilhas de milicianos rivais deixou ao menos cinco mortos entre a noite de quinta-feira e a madrugada desta sexta na região conhecida como comunidade do Guandu, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio. O local teria sido palco de uma disputa entre quadrilhas de milicianos rivais, chefiadas por Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, e Alan Ribeiro Soares, o Nanan.
Três dos mortos foram encontrados nas proximidades da Avenida João XXIII, por volta das 23h30 de quinta-feira. Os corpos estavam perto de um carro que, de acordo com o 27º BPM (Santa Cruz), é roubado. Segundo informações de agentes que estiveram no local, os mortos seriam ligados ao bando de Nanan. A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) informou, por meio da assessoria de imprensa da Polícia Civil, que as vítimas ainda não foram identificadas.
Mais tarde, já na madrugada desta sexta-feira, a Polícia Militar foi novamente acionada para a Rua Arlindo dos Anjos, também da comunidade do Guandu. Os PMs encontraram outras duas pessoas mortas. Segundo a DHC, elas foram identificadas como Max Wel Ferreira Domingos e Alteri Carvalho de Castro.
A Polícia Civil afirmou que “as investigações estão em andamento para apurar a autoria dos crimes e esclarecer todos os fatos”.
A guerra
Nanan, segundo a polícia, era um dos homens de confiança de Wellington da Silva Braga, o Ecko. Mas, com a morte do miliciano, em 12 de junho de 2021, quem assumiu a quadrilha foi Zinho.
Os dois passaram, então, a disputar territórios na Zona Oeste. Nanan teria tomado áreas antes controladas pelo bando de Zinho, o que acirrou o conflito.
Moradores do bairro de Santa Cruz contam que têm vivido uma rotina de intensa violência.
— A gente não tem mais paz. Todos os dias convivendo com medo de o bando de lá vir para cá e acontecer uma tragédia. Cadê o poder público? Como podem deixar essa situação assim. Todo mundo sabe o que está acontecendo e ninguém faz nada — contou um deles, que pediu para não ter o nome divulgado.
Fonte: Extra